Lançado em janeiro de 1989, o Plano Verão foi o quarto plano econômico implantado durante o governo do José Sarney (1985-1990), com o objetivo de combater a inflação. Os três primeiros, os planos Cruzado 1 e Cruzado 2 (1986) e Plano Bresser (1987) já haviam fracassado e o Verão também não durou muito.
Por conta do fracasso dos planos anteriores, o objetivo do Plano Verão já não era baixar a inflação, mas evitar que ela continuasse a subir, mantendo a um nível abaixo de 20% ao mês.
Para isso, o então ministro da fazenda Maílson Ferreira da Nóbrega determinou uma série de medidas, tais como:
- introdução de nova moeda, o Cruzado Novo, por meio do corte de três zeros do Cruzado;
- congelamento de preços e salários;
- aumento dos juros;
- controle de gastos públicos;
- extinção da URP (Unidade de Referência de Preços);
Além dessas medidas, o Plano Verão tinha uma grande diferença em relação ao Plano Cruzado, pois determinou uma modificação do rendimento da caderneta de poupança.
A correção da poupança, que era feita pelo IPC (Índice de Preço ao Consumidor) passou a ser calculada pelas LFTs (Letras Financeiras do Tesouro, atual Tesouro Selic). Essa mudança proporcionou enormes desajustes e prejuízos aos poupadores.
Resultado do plano.
Assim como seus antecessores, o Plano Verão fracassou. Em novembro de 1989, a inflação não apenas tinha atingido o patamar de 20%, como chegou a 45% ao mês. Além disso, a mudança da correção da poupança causou perdas de mais de 20% aos poupadores que tinham caderneta de poupança com aniversário entre 1 a 15 de Janeiro de 1989 e que mantiveram saldo na conta até a remuneração de Fevereiro.
O Plano Verão no Acordo dos Planos Econômicos.
O Plano Verão é um dos planos incluídos no Acordo dos Planos Econômicos, juntamente com os Planos Bresser, Collor 1 e Collor 2. Com o Acordo, os poupadores prejudicados podem reaver o dinheiro perdido de forma rápida e garantida, sem precisar esperar pelos longos prazos dos processos judiciais.
Para saber tudo sobre o Acordo, entre em contato com a Febrapo.