Muita gente se pergunta se ainda vale a pena investir depois dos 60 anos. É uma dúvida compreensível, afinal quando falamos em investimento é comum focar no retorno a longo prazo e, nessa idade, pensar apenas no longo prazo já não faz tanto sentido, não é mesmo? Porém, isso não quer dizer que não se deve investir.
Assim como em qualquer outra fase da vida, nessa idade temos despesas e desejos pessoais que precisam ser considerados, por isso, descuidar das finanças ou deixar o dinheiro parado não são boas decisões.
Se você está no grupo daqueles que já investem, provavelmente tem uma caderneta de poupança. É o que aponta o estudo da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Segundo o levantamento, mais de 90% dos idosos que têm investimentos mantêm suas economias aplicadas na caderneta de poupança.
Sabemos que a rentabilidade da poupança hoje é tão baixa que ela deixou de ser uma boa opção de investimento. Por outro lado, ela oferece a segurança que a terceira idade exige.
Com o avanço da idade, os gastos relacionados à saúde aumentam bastante. Os convênios ficam mais caros, os atendimentos hospitalares e tratamentos terapêuticos são mais frequentes e aumenta também o consumo de remédios de uso contínuo. Por isso, investir depois dos 60 anos exige um pouco mais de cuidado do que quando somos mais jovens.
Como escolher o investimento ideal?
Os melhores investimentos para essa fase da vida são os que não oferecem risco. Renda fixa e títulos públicos, como o Tesouro Direto com títulos atrelados à Selic, são exemplos de aplicações que ajudam a manter patrimônio, protegem da inflação, rendem acima da poupança e tem liquidez, para que o investidor possa sacar o que acumulou quando quiser.
Só quem tiver segurança financeira garantida e um perfil mais arrojado, pode separar uma pequena parte dos recursos para investimentos em renda variável, como ações na bolsa de valores, por exemplo. Essa é uma modalidade de investimento mais arriscada, por isso deve ser utilizada com cautela.