O Drex, criado pelo Banco Central, é a moeda digital que irá representar o Real. Sua implantação deve ser um passo importante na transição para a economia digital.
A criação de moedas digitais é uma tendência mundial. As CBDCs (sigla em inglês que identifica as moedas digitais de bancos centrais) são uma forma de modernizar os sistemas monetários, aumentar a inclusão financeira e combater a informalidade.
Vale lembrar que a moeda brasileira continua sendo o Real e as bases do Drex são as mesmas do Real físico, como transações financeiras, transferências e pagamentos. Além disso, um Drex sempre valerá R$ 1.
Segundo o Banco Central, o foco do Drex é conectar os consumidores ao mundo digital, e um dos seus principais objetivos é reduzir os custos das operações bancárias e atividades no setor, como a emissão de papel-moeda, além de ampliar o contingente de pessoas no mercado financeiro.
A expectativa é que surjam produtos financeiros melhores e mais rentáveis, além da possibilidade de negociação fora dos horários bancários, mantendo a segurança e rapidez das operações.
O Drex e o Bolsa Família
A Caixa Econômica Federal anunciou a intenção de testar o pagamento do benefício Bolsa Família por meio do Drex. O objetivo é beneficiar a população das áreas mais afastadas do país, onde o acesso à internet e às agências bancárias é limitado.
Como fazer para acessar o Drex?
Para ter acesso à Plataforma Drex basta ter uma conta bancária, e a instituição financeira fará a transferência do dinheiro depositado em conta para uma carteira digital do Drex, de onde será possível realizar transações e pagamentos.
Apesar da utilização de uma carteira digital, o Banco Central diz que o Drex não é uma criptomoeda por conta de sua natureza centralizada, já que toda a regulamentação e controle é do próprio Banco Central, que poderá definir mudanças e vetar situações. O que caracteriza as criptomoedas é justamente a sua descentralização.
Quando será lançado o Drex?
Não há uma data específica para o lançamento do Drex, pois ainda está em fase de testes em ambiente restrito desde março de 2023. A previsão inicial era entre o fim de 2024 e início de 2025, porém alguns atrasos nos testes podem fazer com que esse prazo seja mais longo.