Quando se fala em economia, poucos termos despertam tanto interesse quanto a taxa Selic. Mas afinal de contas, o que ela tem a ver com o seu bolso?

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Esse percentual influencia todas as taxas de juros do País. Desde os juros de empréstimos e financiamentos até os das aplicações financeiras.

Origem e funcionamento

O nome “Selic” é a abreviação de Sistema Especial de Liquidação e Custódia, um mecanismo gerenciado pelo Banco Central que registra diariamente as transações com títulos públicos. Esse sistema calcula a taxa média dos financiamentos realizados, indicando quanto o governo paga de juros para atrair investidores que compram seus títulos.

Como a Selic afeta o seu bolso?

A taxa Selic tem um papel decisivo no seu dia a dia. Quando a taxa aumenta, os juros dos empréstimos, financiamentos e até do cartão de crédito tendem a subir, tornando o crédito mais caro. Ao mesmo tempo, aplicações em renda fixa podem oferecer melhores rendimentos. Por outro lado, os juros do seu cartão de crédito, do cheque especial, dos empréstimos e financiamentos também sobem.

Além de influenciar as finanças pessoais, a Selic é uma ferramenta essencial para o controle da inflação. O Banco Central ajusta essa taxa para moderar o consumo e manter os preços estáveis. Quando está baixa, fica mais fácil pagar empréstimos e financiamentos porque os juros ficam baixos, o que incentiva o consumo. Com isso, a inflação também pode subir.

Entretanto, quando a Selic sobe, o crédito fica mais caro, ou seja, as taxas de financiamento e empréstimos são maiores. Isso desestimula o consumo e ajuda a reduzir a inflação.

A cada ano são realizadas oito reuniões do Copom para definição da taxa. Atualmente, a Selic está em 13,25%, definida após a reunião de 29/01/2025.