O Brasil que poderemos ter

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O Brasil que poderemos ter

Enquanto o debate se concentra na violenta polarização política e nos efeitos perversos que ela trouxe consigo, o Brasil perde a oportunidade de tratar de importantes pautas econômicas e sociais que vão se refletir no futuro do país.

Não se trata de ignorar os acontecimentos recentes, as ameaças e a invasão dos três poderes, numa clara tentativa de afrontar o estado democrático de direito. Essas ações, aliás, dificilmente serão esquecidas. Mas, é preciso avançar no sentido da igualdade social e no respeito aos direitos individuais e coletivos.

Parece básico dizer que todos devem ter as mesmas oportunidades, mas é esse conceito simples que pode resultar em uma nação mais unida, forte, justa e soberana.

Temos uma grande chance de reconstruir o país em bases sólidas. Passo a passo.

Já sabemos que queremos uma democracia. Pesquisas mostram que a grande maioria dos brasileiros rejeita regimes ditatoriais. Então, se este é o caminho desejado, precisamos de mudanças que levem a essa direção. Precisamos de um projeto para o país.

O governo recém-empossado traz um outro olhar para a forma de administrar o Brasil. Ao dizer que quer colocar o pobre no orçamento, o presidente Lula sinaliza claramente que está disposto a combater a desigualdade que trata pessoas que deveriam ser consideradas iguais como menos importantes.

Para isso, são apresentadas propostas como o aumento real do salário mínimo, salários iguais para homens e mulheres, formação e empregos melhores para os jovens, financiamento para os pequenos produtores rurais, redução da dívida das famílias, além de novas políticas tributária e ambiental.

Temos que dar chance para que esse projeto siga em frente.

A frase “Brasil, o país do futuro”, tão usada por décadas como um prêmio de consolação para os problemas que vivíamos, não deve ser resgatada. Não podemos voltar a torcer por uma esperança de futuro quando temos um presente para trabalhar, para construir. Quando podemos efetivamente dar passos importantes para consolidar nossa democracia e a paz social.

Que a Justiça cumpra o seu papel. E que entrem na pauta as mudanças e os projetos para termos o país que queremos, o país que poderemos ter.

Ana Carolina Seleme
Diretora Executiva da Frente Brasileira pelos Poupadores – Febrapo