O Plano Real, que completa 30 anos neste mês, marcou o fim de um período caracterizado pela hiperinflação. Nas décadas de 1980 e início de 1990, os índices de inflação por vezes superavam 50%, 60% e até 70% em um único mês, o que comprometia o poder de compra dos brasileiros.
Para tentar resolver o problema, antes do Real foram criados diversos planos econômicos que, além de fracassarem no combate à inflação, causaram diversas perdas aos poupadores. Os Planos Bresser, Verão, Collor I e Collor II, por exemplo, estabeleceram mudanças nas regras de remuneração da caderneta de poupança. Dessa forma, a rentabilidade do investimento preferido dos brasileiros foi prejudicada.
Por conta disso, até hoje, milhares de pessoas tentam, por meio de ações na Justiça, recuperar valores perdidos na época. A boa notícia é que, nos últimos anos, os poupadores passaram a ter a oportunidade de encerrar os processos e receber o dinheiro de volta por meio do Acordo Coletivo dos Planos Econômicos, homologado pelo STF em 2018. Quando o acordo é aceito, a espera acaba e o pagamento é feito em 15 dias úteis, à vista.
Até o final de 2023, mais de 300 mil pessoas, entre poupadores e herdeiros de poupadores, já tinham feito a adesão e recebido o pagamento, o que torna o Acordo dos Planos Econômicos o maior acordo coletivo da história do judiciário brasileiro.
Ana Carolina Seleme, diretora executiva da Febrapo, fala sobre o acordo em reportagem do Estadão sobre os 30 anos do Real.
A matéria especial publicada no início de julho descreve o cenário em que o Plano foi criado e sua importância para a retomada do crescimento econômico do Brasil. Ana Carolina Seleme contribuiu com a reportagem destacando os prejuízos causados aos poupadores pelos planos econômicos que antecederam o Real.
A Febrapo é a única entidade 100% dedicada a atender e auxiliar os poupadores na adesão ao acordo. Para saber mais, entre em contato com a nossa equipe.